Kátia Almeida
1. Quando e em qual instituição se formou?
PUC Campinas em 1977
2. O que fez logo depois de se formar?
Fui convidada por um professor da faculdade a trabalhar em sua clínica em Campinas, em terapia. Mudei para SP com intuito de procurar emprego na área de Audiologia. Ficava duas vezes por semana em Campinas para atendimento dos pacientes e o restante da semana em SP. Em 1979 comecei a trabalhar em uma empresa, como fonoaudióloga, selecionando e adaptando próteses auditivas. Era uma área nova de atuação que exigiu muito estudo pois não tinha nenhum conhecimento sobre esse trabalho. Encontrei profissionais extremamente competentes, mestres que me "iniciaram" na área. Foi amor a primeira vista!
3. Quais foram seus principais investimentos para alcançar o reconhecimento profissional?
Muito estudo, querer aprender mais, aprimorar minha competência e principalmente gostar daquilo que fazia.
4. Comentários que achar pertinente
Sempre quis ser reconhecida pela minha competência profissional. Acredito que vivemos tempos em que nossos jovens desejam "ter" muitas coisas e não buscar "ser" um bom profissional.
Irene Marchesan
1. Quando e em qual instituição se formou?
Me formei em 1977 na PUC – SP
2. O que fez logo depois de se formar?
Comecei a trabalhar em 1978 em uma clínica de Fonoaudiólogos que haviam sido meus professores
Ao mesmo tempo iniciei dois cursos com o intuito de melhorar a minha formação:
Um deles durou dois anos e era sobre afasia o outro curso durou um ano e era de gagueira.
3. Quais foram seus principais investimentos para alcançar o reconhecimento profissional?
a) Trabalhar da hora em que eu acordava até a hora de dormir.
b) estudar muito, ler muito
c) fazer todos os cursos que apareciam na minha frente
d) fazer parte de sociedades, conselhos etc, inclusive sou uma das fundadoras da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e ajudei na construção dos conselhos de fonos
e) ir a congressos
e) ir para as escolas, médicos e dentistas próximo de onde eu trabalhava para fazer propaganda
f) Não tinha sábado e nem domingo para folgar
g) ter organização, educação e respeitar os pacientes e colegas
h) apareceu uma oportunidade para dar aula em faculdade e peguei correndo ai tive que estudar mais e mais e fazer estágio para ver mais sobre o que eu iria dar aula
i) mais para frente dei muita supervisão, comecei a escrever sobre o que fazia e fundei o Cefac
1. Quando e em qual instituição se formou?
Me formei em 1977 na PUC – SP
2. O que fez logo depois de se formar?
Comecei a trabalhar em 1978 em uma clínica de Fonoaudiólogos que haviam sido meus professores
Ao mesmo tempo iniciei dois cursos com o intuito de melhorar a minha formação:
Um deles durou dois anos e era sobre afasia o outro curso durou um ano e era de gagueira.
3. Quais foram seus principais investimentos para alcançar o reconhecimento profissional?
a) Trabalhar da hora em que eu acordava até a hora de dormir.
b) estudar muito, ler muito
c) fazer todos os cursos que apareciam na minha frente
d) fazer parte de sociedades, conselhos etc, inclusive sou uma das fundadoras da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e ajudei na construção dos conselhos de fonos
e) ir a congressos
e) ir para as escolas, médicos e dentistas próximo de onde eu trabalhava para fazer propaganda
f) Não tinha sábado e nem domingo para folgar
g) ter organização, educação e respeitar os pacientes e colegas
h) apareceu uma oportunidade para dar aula em faculdade e peguei correndo ai tive que estudar mais e mais e fazer estágio para ver mais sobre o que eu iria dar aula
i) mais para frente dei muita supervisão, comecei a escrever sobre o que fazia e fundei o Cefac
Jaime Zorzi
Jaime Zorzi
1. Quando e em qual instituição se formou?
PUC /SP em 1976
2.O que fez logo depois de se formar?
Já durante a graduação, desde o 2º ano, tive a oportunidade de estagiar em uma instituição voltada para o atendimento de pessoas com deficiência. Era uma escola especial e também tinha o setor clínico, de atendimento ambulatorial. Foi uma grande experiência, devido à diversidade de tipos de problemas. Logo depois de formado fui convidado para trabalhar em uma clínica chamada ECO, e que existe até hoje. O convite partiu de professores do curso da PUCSP, que haviam me conhecido durante a graduação: posso citar a profa. Maria Cecilia Bevilacqua e a profa. Altair Cadrobi Pupo. Nessa clínica eu me dediquei aos problemas de fala e linguagem oral e escrita por uma questão de maior demanda. Sempre tive interesse, prazer e preocupação em estudar e procurar aplicar, de modo prático, os conhecimentos teóricos em terapias. Gosto de fazer isso. Somente teorizar não é o meu forte. Como a área da linguagem é extremamente complexa, procurei dar continuidade à minha formação buscando a pós-graduação em Psicologia na USP. Fiz o mestrado na área da Psicologia Social, onde estudei muito o desenvolvimento infantil tendo como base, principalmente, a teoria piagetiana. Também fiz o mestrado em distúrbios da comunicação na PUCSP e depois o doutorado em Educação na UNICAMP.Sempre tive uma atuação muito direta, procurando fazer essa ligação entre teorias e práticas, o que me levou a desenvolver propostas de avaliação e de intervenção nas áreas da linguagem oral e escrita e que são adotadas, até hoje, em grande parte dos cursos de graduação.Gosto de ser professor, creio que tenho vocação para ensinar gente pequena e também gente grande.Tenho fascínio pelas questões de aprendizagem, principalmente o domínio da leitura e da escrita. Por essa razão, tenho enveredado cada vez mais no campo educacional. Tenho como foco o desenvolvimento de processos de ensino na situação escolar e a formação de professores. Pena que poucos fonoaudiólogos sejam preparados para esse tipo de atuação, com possibilidades enormes de trabalho e de boa remuneração.
3. Quais foram seus principais investimentos para alcançar o reconhecimento profissional?
Confesso que me apaixonei pela Fonoaudiologia e suas possibilidades de trabalho. Creio que essa condição é importante para todos os investimentos que acreditamos sejam importantes de serem feitos. Existem investimentos de naturezas diversas: financeiros (pagamento de cursos, compra de livros, participação em congressos, aquisição de material de trabalho; tempo dedicado ao estudo); a busca sistemática de novos conhecimentos; a persistência; a superação das adversidades que chegam a todo o momento e a crença de que, no final (se é que tem final), tudo dará certo. Essa é uma profissão na qual os resultados, e dentre eles os financeiros, não vêm de imediato, como em outras profissões. Porém, temos que procurar construir uma carreira séria, sólida, de dedicação, pensando a curto, médio e longo prazo. Deve-se acrescentar um pouco de ambição, no bom sentido. Ou seja, temos que ser recompensados, inclusive financeiramente, por tudo o que fazemos.
Importante investir nas relações profissionais, aprender a respeitar e admirar nossos colegas e prestigiá-los. Temos que ter uma postura voltada para o mérito, ou seja, reconhecer aqueles que contribuem para o crescimento geral de nossa profissão, não tendo como foco principal a promoção somente pessoal. Uma profissão se faz forte quando há objetivos e sentimentos comuns se sobrepondo ao egocentrismo dos objetivos individualizados.
4. Comentários que achar pertinente.
Vocês estão formação. Formação significa algo em andamento e que, ao contrário do que muitos pensam, não tem um final. Estamos sempre em formação, felizmente. Não façam de suas carreiras uma gaiola com um pássaro preso dentro dela. Terminar a graduação, tornar-se um profissional, é como que abrir portas para que os pássaros que estão dentro de nós possam alçar voo. Não coloquem limites em suas vidas. Vejam essa formação inicial como o preparo para longas viagens, de preferência por novos caminhos. A melhor das formações não é aquela que nos engessa, que nos faz repetir mesmices, mas sim a que nos abre horizontes.
Mara Behlau
1 . Quando e em qual instituição se formou?
UNIFESP.
2. O que fez logo depois de se formar?
Continuei a trabalhar na clínica em que já fazia estágio, desde o primeiro ano de faculdade, e entrei imediatamente para a especialização. Nunca parei de estudar, fiz aperfeiçoamento (junto com a especialização), mestrado, doutorado, pós-doutorado e, nesse momento, estou concluindo uma outra especialziação em Dinâmica dos Grupos, da SBDG, escrevendo meu TCC, que vou apresentar em novembro.
Quais foram seus principais investimentos para alcançar o reconhecimento profissional?
3. Quais foram seus principais investimentos para alcançar o reconhecimento profissional?
- cursos e congressos, nacionais e internacionais, de qualidade
- relocar quase que 70% do dinheiro que ganhava em minha própria educação
- ouvir os conselhos de meus mentores
- cercar-me das pessoas certas e que viam a força da profissão
- e trabalhar, logo na saída da faculdade, nos órgãos representativos profissionais e científicos (associações, sociedades, comitês e conselhos).
4. Comentários que achar pertinente
Eu queria um futuro melhor para a Fonoaudiológia e decidi que ajudaria a moldá-lo, com os melhores critérios possíveis.
Roberta Bush
1.Quando e em qual instituição se formou?
Eu me formei em 1996 na Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM).
2. O que fez logo depois de se formar?
Assim que me formei, iniciei os programas de pós-graduação no HDF-Hospital dos Defeitos da Face (aperfeiçoamento) e na UNIFESP-EPM (especialização). No mesmo ano, em 1997, minha professora no HDF, Ana Lúcia Nogueira, me indicou para o cargo de supervisora de estágio na UNIBAN. Este foi o meu primeiro emprego e minha primeira experiência formal como professora. Em 1998, quando já havia terminado meu curso no HDF, entrei na especialização em Voz na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCM-SP). Também nesse ano, substitui minha mentora, Elisabete Carrara-de Angelis, em seu consultório e atendi um paciente com doença de Parkinson. Quando ele iniciou o atendimento residencial, a dra. Elisabete me pediu para que eu o atendesse em parceria com ela. Foi neste período que se iniciou minha trajetória com os pacientes neurológicos. Já encantada com a área, passei a me dedicar ao estudo dos pacientes com doença de Parkinson, ingressando no estágio probatório do mestrado em 1999 na UNIFESP-EPM.
3. Quais foram seus principais investimentos para alcançar o reconhecimento profissional?
Desde a época da faculdade eu investi muito em estudo e ciência. No segundo ano da graduação fiz meu primeiro trabalho científico, terminando minha graduação com sete trabalhos publicados, incluindo dois estudos com resumos aceitos em congressos internacionais. Acredito que a pós-graduação também foi de extrema importância. Fui contratada na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de SP em 2001, onde trabalhei 10 anos, porque já tinha mestrado concluído e três especializações. Pelo mesmo motivo, dei aula em mais duas Universidades, incluindo o UniFMU, onde lecionei no Curso de Graduação em Fonoaudiologia por 10 anos. Outro aspecto importante foi a realização de bons contatos profissionais dentro e fora do meu ambiente de trabalho como em cursos, congressos e eventos, tanto na área de fonoaudiologia como na área médica. Isso garantiu encaminhamentos profissionais, convites para ministrar aulas em todo o país, minha participação na diretoria do Comitê de Disfagia da SBFa em 2004-2005, da comissão de Diretrizes em Disfagia em 2006 e, atualmente, na Diretoria da SBMD.
4 Comentários que achar pertinente
O sucesso profissional é uma consequência de duas vertentes: gostar do que se faz e fazer bem o que se gosta. Para tanto, estudar, especializar-se, participar de eventos científicos é de suma importância. Estar atento às novas tendências tecnológicas, conhecer a fundo a área à qual você escolheu para seguir e ter conhecimento gerais básicos na área de saúde, o tornam um profissional diferenciado no mercado. Lembrar que um indivíduo doente não tem unicamente um sistema alterado e sim, um conjunto de sinais e sintomas que se manifestam e devem ser cuidadosamente analisados em conjunto. Saúde não se cuida no isolamento profissional, mas em equipe. Discutir, ouvir, aprender com o outro e se colocar adequadamente, com postura, ética e conhecimento, respeitando todos os outros profissionais em prol do bem estar do paciente, tornará seus passos mais seguros e eficientes. Mas só o conhecimento também não basta. Saber acolher os familiares e a as dificuldades do seu paciente o tornarão ainda melhor. Sejam felizes em suas trajetórias e estejam sempre em busca do seu melhor.